Não brinque com o Anjo da Morte ~ Agora Sem Ideias

Eu vou lhes relatar o que aconteceu comigo quando eu tinha uns 15 anos.
Em várias culturas a Morte é representada por uma figura mitológica. Ela é usualmente representada como uma figura esquelética vestida de manta negra com capuz e portando uma foice. É representada nas cartas do Tarot e frequentemente ilustrada na literatura e nas artes. A associação da imagem com o ceifador está relacionada ao trigo, que na Bíblia simboliza a vida.

Era uma tarde ensolarada quando meu primo chegou em minha casa. Eu havia terminado um trabalho pro colégio, no qual eu usava aquela espécie de tecido, o TNT, e sobraram alguns retalhos. Meu primo olhou e disse que tinha uma idéia para utilizá-lo... Fez então uma fantasia do Anjo da Morte.
Bem, fomos brincar. Ele colocou a roupa e... Meu Deus! Dava medo só de olhar! Começamos a brincar... meu primo corria atrás de mim e dos meus dois irmãos, como se fosse nos matar e às vezes a gente xingava ele, mas na verdade estávamos ofendendo a Morte. O terreno em que nós morávamos era uma empresa que faliu, meu pai trabalhava de vigia, o terreno era enorme, tinha uns 3 hectares.
Meu primo correu atrás de mim e eu corri até conseguir me esconder em um banheiro velho da empresa. Quando eu ia sair do banheiro pensei que era meu primo que estava me esperando na porta, era a mesma roupa... eu perguntei: "Será que é ou tá difícil?"... Ele não me respondeu... Então senti um frio percorrer meu corpo. Aquela figura espectral ficou me olhando, mas o capuz impedia que eu observasse sua face. Então ela se virou, saiu pela porta e virou uma fumaça que se desfez no ar! Quando eu saí do banheiro andei uns metros e vi bem longe de mim meu primo correndo atrás dos meus irmãos, então eu me dei conta de que o que eu vi era o Anjo da Morte. Comecei a gritar! A brincadeira havia acabado. Nós destruimos a fantasia e nunca mais abusamos da morte. Pois ela deixou um recado bem claro para mim: Não brinque com coisa séria!